Resenhas · Suspense

Garota no Trem

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Um thriller psicológico que vai mudar para sempre a maneira como você observa a vida das pessoas ao seu redor.

Todas as manhãs, Rachel pega o trem das 8h04 de Ashbury para Londres. O arrastar trepidante pelos trilhos faz parte de sua rotina. O percurso, que ela conhece de cor, é um hipnotizante passeio de galpões, caixas dágua, pontes e aconchegantes casas.
Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho. E é de lá que Rachel observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes a quem chama de Jess e Jason , Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre que Jess na verdade Megan está desaparecida.
Sem conseguir se manter alheia à situação, ela vai à polícia e conta o que viu. E acaba não só participando diretamente do desenrolar dos acontecimentos, mas também da vida de todos os envolvidos.
Uma narrativa extremamente inteligente e repleta de reviravoltas, A garota No Trem é um thriller digno de Hitchcock a ser compulsivamente devorado.

Quem nunca ficou esperando o trem ou ônibus e não ficou imaginando o que aquela pessoa é, o que ela faz? Eu faço muito isso, serve para me distrair enquanto espero chegar a meu destino.
Garota no trem é um thriller psicológico com uma reviravolta interessante. A história se desenrola por meio de narradores intercalados, o que dá a história um ar mais atraente.
Muitas pessoas acham que os protagonistas são um tanto chatos, mas eu achei a construção desses personagens totalmente impressionantes. Todos os personagens têm defeitos e um ar de humanidade, que geralmente são anulados nos livros. A fragilidade, os vícios e defeitos deles é que dão o tom desta história, é o que faz você querer continuar lendo. Porque sabemos que somos assim, as pessoas são assim. É difícil se identificar com eles, mas você sabe que todos são de verdade!
E é fácil se deixar levar pela história porque a escrita é fluida e a cada capítulo tem algum quê de mistério que você quer continuar a ler para descobrir.

Quando li: 31/08/2016
Classifiquei em: ✬✬✬✬✫

 

 

Resenhas · Suspense

Restos humanos

Vrestos_humanos_1452186127377539sk1452186127bocê conhece bem seus vizinhos? Saberia dizer se eles estão vivos ou mortos?

Ao encontrar por acaso o corpo de uma vizinha em avançado estado de decomposição, Annabel Hayer, que trabalha com análise de informações para a polícia, fica horrorizada ao pensar que ninguém — e isso inclui ela mesma — sentiu falta daquela mulher. De volta ao trabalho, ela vasculha os arquivos policiais e encontra dados que mostram um aumento significativo de casos como aquele nos últimos meses em sua cidade. Conforme aprofunda a investigação, Annabel parece cada vez mais convencida de estar no rastro de um assassino, e é obrigada a enfrentar os próprios demônios e a própria fragilidade. Será que alguém perceberia se ela simplesmente desaparecesse? Um thriller psicológico extremamente perturbador, Restos humanos fala de nossos medos mais obscuros, mostrando como somos vulneráveis — e a facilidade com que vidas podem ser destruídas quando não há ninguém que se importe com elas.

Vou ser sincera, a história é um pouco fraca no sentido da construção e resolução da trama. O que te faz continuar no livro é o motivo pelo qual esses corpos continuam a ser descobertos pelos vizinhos. A história é intercalada entre Annabel e pelo Colin. Ela é sim, um pouco irritante e senti um pouco forçada para esta história, é uma pessoa perturbada e isso torna a motivação dela sem sentido. Já o Colin é muito mais enigmático e interessante, quando terminei de ler, senti uma extrema curiosidade em saber mais sobre que fim levou este personagem, neste quesito achei o desfecho muito raso.
Porém, é um livro de suspense sim, não deixa a desejar para outros do gênero. Mas é só mais do mesmo. Não há tensão e peso de um suspense bem feito, mas a história é interessante, ainda mais para nos fazer refletir acerca da sociedade e como nos portamos frente a ela.

Terminei de ler: 14/09/2016
Classifiquei em: ✬✬✬✫✫